Era uma vez um mundo mágico, onde existiam criaturas incríveis como unicórnios com pelos coloridos e brilhantes. No entanto, nem todos os unicórnios eram bondosos como os contos de fadas costumam dizer.

Eu, por exemplo, tinha um unicórnio malvado favorito. O seu nome era Zarpante e ele possuía uma crina preta que se destacava do pelo branco como a neve. Ele parecia sinistro e sombrio, mas eu o adorava do jeito dele.

Zarpante não era um cavalinho dócil e submisso como os outros. Ele era forte e impetuoso, sempre correndo livremente na floresta. No entanto, ele também era travesso e adorava pregar peças. Não era incomum ele armar uma armadilha para os outros animais, rindo da confusão que causava.

Eu sabia que ele era malvado, mas não conseguia evitar ter uma amizade com ele. De alguma forma, ele tinha o dom de me conquistar, fazendo-me rir mesmo nas piores situações.

Um dia, decidimos explorar uma caverna misteriosa. Zarpante estava animado e eu me sentia confiante com ele ao meu lado. Porém, ao entrarmos na caverna, encontramos um dragão temível que estava furioso.

Zarpante ficou paralisado por um momento, mas logo encontrou uma solução. Ele se aproximou do dragão, fazendo caretas e brincando com ele até que ficasse calmo novamente. Depois disso, voltamos para casa, felizes com a nossa aventura.

Assim foram vários outros dias ao lado de Zarpante. Ele sempre me surpreendia com sua astúcia e coragem, mostrando-me seu lado mais humano, mesmo sendo um unicórnio malvado.

Chegou um dia que Zarpante decidiu que era hora de partir, procurar outras aventuras e outros companheiros que pudessem entender o seu lado travesso e desajuizado. Eu entendi que ele precisava prosseguir sozinho, deixando-me com a saudade e a lembrança de tudo o que havíamos vivido.

Porém, desconfio que um dia voltarei a encontrar Zarpante, o meu unicórnio malvado favorito. Ele será o mesmo, talvez um pouco mais velho e experiente, mas tenho certeza que nossas aventuras juntos serão incríveis como nos velhos tempos.

Nesse conto de fadas, aprendi que nem sempre o que parece ser malvado é realmente maléfico. Às vezes, é preciso enxergar além das aparências e desafiar o senso comum, sendo fiel a si mesmo e aos seus sentimentos. De uma coisa eu tenho certeza: nunca vou esquecer o meu unicórnio malvado favorito, Zarpante.